A decisão de voltar ao Brasil depois de alguns anos morando na Europa definitivamente faz a gente pensar. Para alguns é motivo de luto, para outros de excitação. Pra mim não foi diferente, fui oscilando entre esses sentimentos, bem no meu jeito de ser.
A parte do luto (talvez eu esteja sendo um tanto dramática, admito) se dá pelo final de um sonho construído. Fui para Europa em 2005 estudar Direção Criativa para Moda na St Martins, em Londres e depois me mudei para Firenze na Itália. Aproveitei minha temporada de estudos, trabalhei no British Museum, na Jimmy Choo e em algumas outras lojinhas. Mas chega uma hora que a carreira começa a ficar em primeiro lugar. A Europa não me desafiava mais. Senti que precisava voltar para o Brasil e impulsionar minha carreira para um dia voltar em uma posição mais confortável. Morar fora não é fácil para brasileiros. Tenho cidadania alemã e nem assim foi fácil. Nosso currículo não tem o mesmo peso, nossas experiências não têm o mesmo valor. No meu caso, eu já estava tão louca para voltar para o meu mundo que a perda do sonho encantado da vidinha européia não foi tão forte. Escrevo aqui o meu testemunho para aqueles que estão vivendo esse mesmo impasse. O melhor conselho que posso dar da minha experiência é: não crie fantasias. Aqui está tudo igual. Passei alguns meses procurando emprego logo na chegada. Sai do Brasil estudante, voltei formada e o mercado não é mole. Sim, possuir fluência em outros idiomas, cursos e experiência fora são um grande diferencial no currículo, e tenho certeza que é um fator muito forte para o meu crescimento aqui. Se por um lado meu salário não me proporciona um final de semana em Paris vez ou outra, estou no conforto da casa dos meus pais. Risquei o aperto do metrô da minha vida, mas ganhei horas e horas na BR 116, isso sem falar nas viagens a São Paulo, que me deixam maluca. A vida é uma correria. Não sou mais tão fly como antes, estou focada.
Acho que o ideal para cada um é colocar na balança os seus objetivos de vida, pensar no longo prazo, coisa que não temos o habito de fazer quando estamos fora. Escutei esses dias, de um sábio empresário da moda, a seguinte frase: “Hoje você tem 25. Daqui a 15 anos tem 40. E a vida passou. E você nem viu.” Então pense bem. Aqui está tudo igual. Tudo uma droga, tudo uma maravilha!
A parte do luto (talvez eu esteja sendo um tanto dramática, admito) se dá pelo final de um sonho construído. Fui para Europa em 2005 estudar Direção Criativa para Moda na St Martins, em Londres e depois me mudei para Firenze na Itália. Aproveitei minha temporada de estudos, trabalhei no British Museum, na Jimmy Choo e em algumas outras lojinhas. Mas chega uma hora que a carreira começa a ficar em primeiro lugar. A Europa não me desafiava mais. Senti que precisava voltar para o Brasil e impulsionar minha carreira para um dia voltar em uma posição mais confortável. Morar fora não é fácil para brasileiros. Tenho cidadania alemã e nem assim foi fácil. Nosso currículo não tem o mesmo peso, nossas experiências não têm o mesmo valor. No meu caso, eu já estava tão louca para voltar para o meu mundo que a perda do sonho encantado da vidinha européia não foi tão forte. Escrevo aqui o meu testemunho para aqueles que estão vivendo esse mesmo impasse. O melhor conselho que posso dar da minha experiência é: não crie fantasias. Aqui está tudo igual. Passei alguns meses procurando emprego logo na chegada. Sai do Brasil estudante, voltei formada e o mercado não é mole. Sim, possuir fluência em outros idiomas, cursos e experiência fora são um grande diferencial no currículo, e tenho certeza que é um fator muito forte para o meu crescimento aqui. Se por um lado meu salário não me proporciona um final de semana em Paris vez ou outra, estou no conforto da casa dos meus pais. Risquei o aperto do metrô da minha vida, mas ganhei horas e horas na BR 116, isso sem falar nas viagens a São Paulo, que me deixam maluca. A vida é uma correria. Não sou mais tão fly como antes, estou focada.
Acho que o ideal para cada um é colocar na balança os seus objetivos de vida, pensar no longo prazo, coisa que não temos o habito de fazer quando estamos fora. Escutei esses dias, de um sábio empresário da moda, a seguinte frase: “Hoje você tem 25. Daqui a 15 anos tem 40. E a vida passou. E você nem viu.” Então pense bem. Aqui está tudo igual. Tudo uma droga, tudo uma maravilha!
by Claudia I.
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